Deep tech: o que é tecnologia profunda e por que Brasil está em 2º em ranking latino

Deep tech: o que é tecnologia profunda e por que Brasil está em 2º em ranking latino

A América Latina tem se destacado no cenário global com empresas disruptivas de deep tech, ou em tradução literal: tecnologia profunda. Através da inovação tecnológica está em constante evolução. Exploraremos o que é deep tech, suas características, e como países como o Brasil estão impulsionando o desenvolvimento dessas startups revolucionárias. Dessa forma, acompanhe-nos nesta jornada no front da inovação!

O que é Deep Tech?

Deep tech é um termo que descreve empresas e startups que se dedicam à criação de inovações científicas e tecnológicas. Ou seja, visando solucionar problemas complexos e transformar setores inteiros. Ao contrário de startups que desenvolvem aplicativos para dispositivos móveis ou inovações incrementais, as empresas de deep tech buscam avanços significativos. Sendo assim, em grandes áreas como biotecnologia, inteligência artificial, nanotecnologia, tecnologias limpas, tecnologia espacial, mobilidade avançada e robótica.

Deep tech: o que é tecnologia profunda e por que Brasil está em 2º em ranking latino

O crescimento da Deep Tech na América Latina

Nos últimos anos, a América Latina tem sido palco de uma verdadeira explosão de inovação em deep tech. Países como Argentina, Brasil, Chile e Costa Rica têm liderado esse movimento, trazendo soluções disruptivas para o mercado global. O estudo “Deep Tech: a nova onda”, do BID Lab, aponta que a biotecnologia e a inteligência artificial são os principais impulsionadores desse crescimento. Ou seja, hoje já respondendo por mais de 70% das inovações de tecnologia profunda na região.

Casa Rosada, Buenos Aires – Argentina – photo andreluibernardo

Argentina: líder em startups de Deep Tech

A Argentina é uma potência em deep tech na América Latina, abrigando um grande número de startups inovadoras nesse setor. A biotecnologia é o carro-chefe, com cerca de duas em cada três empresas dedicadas a essa área. Além disso, a Argentina tem se destacado na tecnologia espacial, com empresas como a Satellogic. Que cria constelações de satélites de alta resolução e baixo custo para observação da Terra. Destaque também para a Auth0, uma empresa de cibersegurança. Recentemente alcançou o incrível valor de mercado de US$ 6,5 bilhões, o maior entre as startups de deep tech da região.

Brasil: potencial em ascensão

O Brasil é o segundo país com maior desenvolvimento de startups de deep tech na América Latina. Embora o número de empresas ainda seja menor em comparação com a Argentina, o Brasil tem um alto valor de mercado para suas startups. A biotecnologia é uma das áreas mais proeminentes, representando mais da metade das empresas de tecnologia profunda no país. Além disso, o Brasil concentra quase 80% dos pesquisadores da região, o que mostra um grande potencial de crescimento nesse setor.

Chile: valor de mercado expressivo

Apesar de ter uma economia menor em comparação com o Brasil e a Argentina, o Chile surpreende com startups de deep tech. Hoje já avaliadas em cerca de US$ 2 bilhões. As chilenas estão focadas em tecnologias como biotecnologia e inteligência artificial. Com destaque para a NotCo, empresa que utiliza inteligência artificial para desenvolver alimentos à base de plantas. Dessa forma, o setor de tecnologia espacial também tem se mostrado promissor no país, com iniciativas como a Satellogic.

Costa Rica: a revelação na Deep Tech

A Costa Rica, apesar de ser um país pequeno em tamanho, não fica para trás no cenário de deep tech. A Establishment Labs é a startup mais valiosa do país e concentra cerca de 97% do valor de mercado do setor na região. Seu sucesso no desenvolvimento de tecnologias inovadoras na área de implantes mamários colocou a Costa Rica no mapa das startups de tecnologia profunda.

México e Colômbia: desafios e oportunidades

Embora o México e a Colômbia sejam duas das maiores economias da região, ambos estão atrasados no desenvolvimento de startups de deep tech. A baixa concentração de empresas nesse setor indica um desafio a ser superado por esses países. No entanto, com seus setores de manufatura, capital de risco e talentos. Dessa forma, o potencial para crescimento e inovação é enorme, e medidas como a criação de políticas de incentivo e investimento em startups. Que hoje podem impulsionar o desenvolvimento da tecnologia profunda nessas nações.

Perspectivas futuras sobre a Deep Tech

As estimativas indicam que a biotecnologia continuará liderando o setor de deep tech na América Latina. Dada a ligação direta da região com a agricultura, a produção de alimentos e a biodiversidade. No entanto, a inteligência artificial, nanotecnologia, tecnologias limpas, tecnologia espacial, mobilidade avançada e robótica também têm potencial para crescimento significativo. O BID Lab ressalta que a tecnologia profunda está longe de ser ficção científica e que trará melhorias significativas na vida das pessoas.

Conclusão

A América Latina está se tornando um celeiro de inovação em deep tech, com startups disruptivas e tecnologias revolucionárias com potencial para impactar o mundo. Países como Argentina, Brasil, Chile e Costa Rica estão liderando o caminho. Dessa forma, impulsionados por uma cultura empreendedora, investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Bem como, políticas de incentivo à inovação. Ou seja, o futuro da tecnologia profunda na região é promissor, e é importante acompanhar de perto os avanços e descobertas dessas empresas visionárias.

Com informações @ BBC Brasil